Etiqueta errada dá sorte

Aproveitando a época de liquidações de inverno (adiantadas pela falta de frio, creio eu) fui à caça de um casaco quentinho por preço mais amigável. Peregrinei em algumas lojas de departamento e não encontrei nada que realmente agradasse. Entrei na Riachuelo, onde  sempre vi casacos bacanas - a preços meio salgados, diga-se de passagem. Ainda assim quis sondar - apesar do valor mais alto, quem sabe não encontrava uma peça de qualidade melhor que valesse o investimento. À primeira vista percebi que maioria havia sido remarcada com pouca diferença, mas insisti na esperança de garimpar alguma oportunidade obscura. Fuçando nas araras vi uma etiqueta que parecia 49,90. Peguei a peça - um casaco aviador cor café, inteiramente forrado com lã sintética. Lindo e super quentinho decerto, mas o preço original era 200,00 - não é possível ter sido remarcado a 50,00 enquanto outros bem inferiores estavam na casa dos 100,00; obviamente seria 149,90. Só por desencargo levei no caixa pra checar o preço. De fato não era 49,90 mas... 79,90! Quando ouvi o preço me espantei. Acho que não confiei muito que a moça havia visto certo; ainda dei uma olhada no restante. Experimentei de novo pra ter certeza de que servia direitinho (por sorte era o número certo), mas logo constatei o óbvio: o casaco era um BAITA achado. Uma mulher o viu e começou a deitar o olho gordo em cima; achei melhor acabar com a firula e ir pagar logo. Se alguém remarcou o preço errado não sei, mas no caixa saiu pelos 79,90 mesmo - trouxe a jaqueta pra casa por uma bagatela, considerando a qualidade da peça. O curioso é que se o preço marcasse nítidos 149,90 jamais saberia da pechincha. Bendita etiqueta errada...




 
 
 
A etiqueta da discórdia