"Begotten" é até agora o filme mais perturbador que já assisti - não pelo lado 'grotesco', mas por toda a ambientação, enredo e originalidade da obra. Não há coisa semelhante por aí (ao menos que tenha conhecimento).
Cruza entre fotografia, teatro e longa-metragem, resulta em um híbrido 'conto de fadas ao contrário'. É preciso 'abrir a mente' e livrar-se de preconceitos, expectativas ou estereótipos antes de assisti-lo - a começar pelos estéticos, já que as imagens são bastante 'desfiguradas' e muitas vezes não dá pra entender o que se passa. No entanto, isso depõe a favor do filme: se a qualidade fosse 'altíssima' como o habitual Begotten perderia sua aura 'sobrenatural' e facilmente descambaria para o mau-gosto gratuito.
A estética 'tosco-artesanal', efeito propositalmente criado pelo diretor Elias Merhije para dar impressão de algo muito antigo, deteriorado pelo tempo (a despeito da aparência o processo foi extremamente trabalhoso) é a grande 'sacada' do filme. Bom mencionar-se também que não se trata de um longa 'sessão única': primeiramente é necessário 'acostumar-se' com a proposta para depois conseguir absorvê-la - algo que dificilmente vai ocorrer assistindo-se uma única vez. Altamente metafórico e teatral, o filme lida com temas religiosos e não possui diálogos. Só começa a 'fazer sentido' ao final quando, no início dos créditos, descobre-se o que cada personagem representa (supondo-se que você não leu sobre o enredo antes). Não é o tipo de obra que 'agrada' a muitos (tampouco é a ideia) mas, pra quem se dispuser a mergulhar em sua atmosfera sombria, será uma experiência ímpar. "Ninguém conseguirá passar por Begotten sem ficar marcado" (última citação no trailer abaixo) resume bem o impacto: Amando ou odiando, é impossível permanecer indiferente ao que se vê na tela durante os pouco mais de 60 minutos de projeção.
Cruza entre fotografia, teatro e longa-metragem, resulta em um híbrido 'conto de fadas ao contrário'. É preciso 'abrir a mente' e livrar-se de preconceitos, expectativas ou estereótipos antes de assisti-lo - a começar pelos estéticos, já que as imagens são bastante 'desfiguradas' e muitas vezes não dá pra entender o que se passa. No entanto, isso depõe a favor do filme: se a qualidade fosse 'altíssima' como o habitual Begotten perderia sua aura 'sobrenatural' e facilmente descambaria para o mau-gosto gratuito.
A estética 'tosco-artesanal', efeito propositalmente criado pelo diretor Elias Merhije para dar impressão de algo muito antigo, deteriorado pelo tempo (a despeito da aparência o processo foi extremamente trabalhoso) é a grande 'sacada' do filme. Bom mencionar-se também que não se trata de um longa 'sessão única': primeiramente é necessário 'acostumar-se' com a proposta para depois conseguir absorvê-la - algo que dificilmente vai ocorrer assistindo-se uma única vez. Altamente metafórico e teatral, o filme lida com temas religiosos e não possui diálogos. Só começa a 'fazer sentido' ao final quando, no início dos créditos, descobre-se o que cada personagem representa (supondo-se que você não leu sobre o enredo antes). Não é o tipo de obra que 'agrada' a muitos (tampouco é a ideia) mas, pra quem se dispuser a mergulhar em sua atmosfera sombria, será uma experiência ímpar. "Ninguém conseguirá passar por Begotten sem ficar marcado" (última citação no trailer abaixo) resume bem o impacto: Amando ou odiando, é impossível permanecer indiferente ao que se vê na tela durante os pouco mais de 60 minutos de projeção.
Mais informações:
OBS: a trilha sonora praticamente resume-se a grilos cantando o tempo inteiro. Tente não recordar-se automaticamente do filme sempre que escutar cricrilos depois.